sexta-feira, 3 de março de 2017

Acalanto

Acalanto


Moro no silêncio das palavras
Letras que me denunciam
Inspiram minhas escaladas
Verbo silenciar dos dias que terminam.


Aquela mesma ausência de barulho intimo
Vorazmente perturba minha inquieta mente
O som musical é murmúrio espiritual
Caminho o qual já o vejo claramente.


O silêncio é falso e enganoso
Destrói e cria destinos estranhos
Na intimidade mistura-se ao gozo
Incomum comportamento mentiroso.


Repouso minha voz na história
Tudo teve sabor de conquista
Árduo é a disciplina da glória
O violonista é o solista da minha partida.  


Fernando Matos
Poeta Pernambucano


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