Era Sábado
O tempo não é perverso
Vivemos mundanamente
Desejos conspirando com o
universo
Alegrias vividas
paralelamente.
Foi em um dia de sábado
Eu ainda cansado da labuta
Ansiava por encurtar a
distância
Jovens sonhadores exalando
fragrância
Coração pulsando de desejos
O corpo clamava o abraço, a
boca teus beijos.
A nossa canção repetia
várias vezes na rádio.
Tanto para dizer e o verbo
amordaçado
O buquê com rosas vermelhas
e dourado laço
Anunciava o encontro dos
apaixonados...
A perfeição não pertence ao
Ser Humano
Leve engano sonhar tão alto
Sofrer de assalto e
desilusão da conquista
Nenhum artista merece morrer
fora do palco
O oráculo renunciou a
resposta da vida
Triste foi sua partida, embriaguei-me
na solidão.
Senti-me roubado e
amargurado.
Tudo aconteceu nesse dia e
Era Sábado...
Fernando Matos
Poeta Pernambucano
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