Lugar de Poesia
Lembranças que agora afloram...
Um livro na grande estante
Postiça vida solitária
iminente.
Valente coragem mostrou
outra paisagem
Dirigindo-me no instante
Às palavras construídas em
linhas métricas
Um mundo encantado, eu ali
descobria
Foi à primeira paixão
Nascia o amor pela poesia.
Livros que agora perdidos no
tempo
Rememoro o fascínio das
figuras
Ilustrativas guiando meu
pensamento
Trazendo paz, livrando-me
das amarguras.
Saudosa fase de uma vida
Escrita a tinta na folha de
papel
A paixão a mulher pretendida
Construía pequenos versos
Intenções de um amor fiel...
Desventuras surgiram na
estrada
Onde sonhos eram presentes
Sentia o amargo da jornada
Forjava-se então o guerreiro
da Luz
Em traduzir a dor em versos
docemente
Ao fardo pesada da cruz.
A descoberta foi um lampejo
Na madrugada solitária e
infinita
Ainda hoje escrevo
alegremente
Para a morte que de longe grita
Com o mesmo amor latente
Vivo essa vida contente em
versos
Por vezes provocantes e
audaciosos
Em outra ocasião, perversos
com a alma
Que acalma quando o calor do
sol
Invade o coração poético...
Não sou cético, a Luz
pertenço
Sem esquecer que em nenhum
Momento a espontaneidade
poética
Mesmo que não seja tão
métrica
Fez história com toda
dificuldade
Risos, choros, alegria e
tristeza
Deixa a certeza da conquista
Com lágrimas de felicidade
Afirmo sem hesitar à partida
Já estou com saudade...
Lugar de Poesia é no papel
Onde o sangue do poeta
Faz-se presente como troféu.
Fernando Matos
Poeta Pernambucano
Nenhum comentário:
Postar um comentário