terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Insano

 Insano 


Estava andando pelo deserto 

Consegui ver de perto a areia da vida.

Andei e muito caminhei 

Mas toda chegada era sempre uma partida. 


Sem asas voei pelo céu infinito 

O medo não era de cair 

Mas ter que voltar ao início,

O vento nunca nos deixa desistir. 


Ao cair da nau só me restou nadar 

Minha alma alimentava-se do sal

Na ilusão de se livrar do mal

Afundei em pesadelos em noite de luar.


O poeta é livre para caminhar 

É detento dos próprios devaneios 

Seus pensamentos a história contar 

Para alguns uma loucura...

Aos mais sensíveis à cura 

Entre versos e linhas para sonhar.



Fernando Matos 

Poeta Pernambucano

Dr h.c Arte e Poesia 

(Direitos Reservados ao Autor)

Foto: Facebook



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