quarta-feira, 19 de julho de 2023

Face a Face com a Verdade

 Face a Face com a Verdade.


Prólogo


Domingo e a alegria reina no ninho familiar.

Alimentação básica para continuar o dia…

A cortesia que a vida nos oferece.

Assisto a missa, peço perdão e força em uma prece.


O tempo vai mostrando a sua hospitalidade.

Uma energia estranha me invade…

Faço tarefas simples do lar para ajudar.

A metade de um todo é o conjunto completo.


Hora do almoço e a família bem perto.

Agradecimento pelo alimento diário…

O cenário feliz que antecede a fatalidade.


Introdução


Um engasgo e a pulsação acelera…

Todos olham assustados…

Meu rosto começa a ficar desfigurado.

Uma dor no peito, qual a solução?


Corro para a emergência imediatamente.

Tento controlar a mente e pensamentos.

O momento pede equilíbrio apesar da dor.

Chego ao hospital e informo a ocorrência.


Sou levado para os primeiros exames.

Leio os corpos e fico preocupado…

Já deitado os batimentos só faz aumentar.

Sem solução na UTI sou internado.


Desenvolvimento e Evolução.


Na maca sou carregado e as luzes aparecem.

Antes que pudessem dizer algo chego a um quarto.

Fico calado e tudo observo, estou mais perto de onde?

Tentam me tranquilizar e a primeira noite logo vai passar.


Ao amanhecer começo a receber a visita dos clínicos.

O coração ainda pulsa, pulsa, pulsa mais forte ainda.

Uma sensação de opressão, nada afínico.

Muita conversa e termino mais um dia na berlinda.


Mantenho a calma, não há outro jeito.

O corpo de enfermagem me anima…

Sou imperfeito e aceito a condição.

O princípio espiritual humano é o seu inconsciente.


A mente reage de forma involuntária…

Reação imaginária sem alucinação…

O Coração ainda pulsa forte, muito forte.

Não tive medo da morte, só saudade…


A habilidade dos médicos foi fundamental.

Segundo dia e o coração reage aos medicamentos.

Com o pensamento mais tranquilo tudo vai melhorar.

A minha vida vai continuar no ritmo que o coração quiser.


É preciso aprender a reaprender a cada momento.

Meu filho, minha esposa, quero novamente abraçar.

Terceiro dia e tudo parece seguir o curso da normalidade.

Só a ansiedade que não quer ajudar…

Chega a boa notícia: O Poeta recebe alta hospitalar.


Clímax sem Epílogo.


Agora em casa, sigo bem as orientações…

Quero ouvir as canções dos passarinhos.

No calor do nosso ninho bradar felicidade.

Regojizo em minhas orações por estar vivo.


O barco pode até balançar na tempestade.

Todavia há um líder que nos conduz…

Ninguém está só, somos Luz e parte de uma Divindade.


O medo só nos afasta da Verdade…

Estive face a face com a realidade.

Não havia e não há maldade no meu coração.

Apenas uma linda canção de eterna gratidão.


Fernando Matos

Poeta Pernambucano. 

Dr h.c. em Arte e Poesia

Dr h.c. em Comunicação Social.

Foto: Google Imagens



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