terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Medo, Grito, Medo. Medo de Viver com Medo.

 Medo, Grito, Medo.

Medo de Viver com Medo


Acordo assustado, um grito sufocado.

Mãos que suplicam a Divina ajuda.

Os pés paralisados de medo: nada muda.

A carne apodrece antes que a alma padeça.


Antes que o dia desapareça, fico cego ao mundo.

A angústia da solidão reflete na multidão surda.

Posso afirmar que o pavor lateja no espírito.

Desgosto social, sentimento impuro e profundo.


No caos, quem tem consciência perde a essência.

Os inocentes se comunicam silenciosamente.

Aprofundam o vasto vazio da mente, socialmente.

É preciso brilhar no âmago da vida, a luz da existência.


Tenho medo, grito baixo para a anarquia.

O segredo de viver é renascer com valentia.

Seguir dia a dia, redescobrindo caminhos.

Cuidado com os atalhos que levam aos espinhos.


A essência do poeta compreende o medo.

Não é segredo que há relações entre as emoções.

Vidas para se escrever, revelando segredos.


Desmudar para entender a dor.

Ir ao fundo do poço, o ego do desgosto.

O mundo pode ofertar o caminho purificador.


Invocar a rebeldia para sobreviver ao dia.

A escuridão nos cerca como bolhas de sabão.

Não há harmonia nas prisões da alma.


Nenhuma alma humana é livre do sofrimento.

A loucura é a sabedoria poética dos excluídos.

No submundo da razão…

Não há luz para os desconhecidos.

O poeta revelou à humanidade o segredo insano.

Mergulho no espírito singular do Ser Humano.


Fernando Matos 

Poeta Pernambucano

Dr. h.c. em Arte de Poesia 

Dr. h.c. em Comunicação Social



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