Calvário
Em cada olhar uma arma
carregada
Nos corações minas sensíveis
ao toque
A alma impura de dor e
sobrecarregada
Nas mãos a marca social de
um terrível choque.
O sino anuncia a partida de
mais um inocente
Cada novo contato humano é
muito ligeiro
Não esperamos boas notícias
pelo carteiro
Estamos perdendo o direito
de salvar gente...
A névoa do passado tão
presente e esconde
A tristeza no amanhecer,
revelada na madrugada.
A agilidade do pensar tem um
link de pesar
A despedida fica mais longe
depois dos montes.
O longo sofrimento não acaba
no perdão
Reparar a cruz para um novo
calvário
Única cova com diversos
gritos comunitários
As lágrimas é um sistema de
autoavaliação.
Fernando Matos
Poeta Pernambucano
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