Transparente
Hoje não fui capaz de
descortinar
Minha imagem no imenso
universo
A luz interior não evoluiu
ao atravessar
Deixando-me ausente de vida
e sem reflexo.
Não houve permissão óptica da
nitidez
A imagem estava opaca na
tela
Da existência confundindo
minha lucidez
Seguindo ausente no barco
sem vela.
Instintos completamente
diáfanos
Amargurado coloquei a mão no
peito
Foi o único jeito de sentir
o coração
Uma lágrima desfilou pelo
rosto
Caindo em despedida no buraco
ao chão.
A terra absorveu o enorme
lamento
Fez ao Ser errante um forte
juramento.
Que o fogo que arde na sua
existência
Tenha complacência do vosso
plangor
Respire o ar que seu corpo
eflui
Assim conclui que acima de
mim o Poder
Manifesta-se como meu embaixador...
A luz do sol que no poente
se perde
Emerge a minha energia que
sempre
Guia-me... Não estou mais
transparente.
Fernando Matos
Poeta Pernambucano
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