Volúpia
Antes do despertar da nova
manhã
Senti o teu cheiro doce e afrodisíaco
Tocou o meu prazer com puro
afã
A fertilidade anunciava o
fado dionisíaco.
Senti o aroma do café energético
Passei a cantarolar uma
desconhecida melodia
Diante da linda silhueta
inebriante
Congelei por um instante,
fiquei cético
Duas peças bem distintas em
clássica harmonia.
Abduzido pelo presente e
eterno tempo
A energia da libido retorna
com força voraz
Desejo-te além da pintura do
pensamento
Ouvir teus eruditos gritos
de volúpia me apraz.
Fernando Matos
Poeta Pernambucano
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