domingo, 28 de janeiro de 2018

Tributo ao Poeta


Tributo ao Poeta



O que será da minha carne
Quando dessa vida inóspita partir?
Nada é eterno no mundo etéreo porvir.
Corpo frio e a alma que arde...


Que animais desse luto irão se alimentar?
Imundos talvez, nem lavem as mãos.
Pobres e com fome saciam-se sem bênçãos
A carne é podre, todos deverão vomitar.


No final irei morar na última viela,
Ausente de luz e vizinhos inconvenientes
Que nunca entenderam as lamúrias pertinentes.
Todos choram e logo não haverá nem luz de vela.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano


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